quinta-feira, 28 de abril de 2011

ASSEMBLÉIA NA USINA IRACEMA EM IRACEMÁPOLIS

          Na assembleia realizada no dia de hoje (28/04), na usina Iracema em Iracemápolis, o Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação de Limeira teve total apoio dos trabalhadores da unidade que participaram em massa da assembleia.
          O Presidente do Sindicato, Sr. Artur Bueno de Camargo Júnior, passou para os trabalhadores o andamento  das negociações a nível estadual e os Trabalhadores aprovaram que se na próxima reunião as negociações a nível Estadual não avançarem, na próxima assembleia será decretado o "Estado de Greve".


Os Trabalhadores aprovaram a proposta feita pelo Sindicato

O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias de alimentação de Limeira, Júnior, discursa para os Trabalhadores da Usina Iracema.

Na foto acima, Manoel Martins, Diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campinas, e na foto abaixo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Limeira, Fânio, também deixam seu recados. 

Júnior discursa, e os trabalhadores acompanham atentamente.

2° rodada de negociação do setor Carnes e Derivados

          Na segunda rodada de negociação do setor carnes e derivados, o Sindicato Patronal não mostrou nenhum interesse em atender as reivindicações dos Trabalhadores, pois não houve nenhum avanço na negociação, a Federação e Sindicatos filiados deixou claro que se não avançar as negociações, estarão entrando em estado de greve, diante disso ficou marcada uma nova rodada de negociação para o dia 12 de Maio as 10 horas na Federação dos trabalhadores das Industrias de Alimentação do Estado de São Paulo.

                                          Bancada dos Trabalhadores

                                                           Bancada Patronal

quarta-feira, 27 de abril de 2011

1° De Maio - Dia do trabalho e do Trabalhador

           Chicago, maio de 1886

           O retrocesso vivido nestes primórdios do século XXI remete-nos diretamente aos piores momentos dos primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando ainda eram comuns práticas ainda mais selvagens. Não apenas se buscava a extração da mais-valia, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
          Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.             
          Como já se tornou praxe, os jornais patronais chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.
No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.
Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.
A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.
A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

Spies fez a sua última defesa:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também fez um discurso:

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Fez um relato da ação dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e falou de seus ideais:

"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".
No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou-se. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.
Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.
No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objetivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem. Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência majoritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram, vale repetir, expulsos. Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo dito “real”: enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...
            Fechando este parêntese que já vai longo, voltemos à reunião do Congresso Operário de 1890: na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.
No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".
Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).
O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.
Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal, a realidade do século que iniciamos, a distância parece pequena em comparação com a infância do capitalismo, parecemos muito mais próximos dela do que da pseudo racionalidade neoliberal, que muitos ideólogos querem fazer crer.
A realidade nos mostra a face cruel do capital, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano!
A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal qual no final do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro; na outra ponta uma sucessão de governos neoliberais (Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva) fazem o inimaginável pela supressão de direitos trabalhistas conquistados a duras penas ao longo dos anos (13º salário, direito a férias remuneradas, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, etc.) ampliando as dificuldades ao trabalho, e simplificando cada vez mais a vida da camada patronal. Neste sentido, naturalmente, a reflexão das lutas históricas passadas torna-se essencialmente importante, como aprendizagem para as lutas atuais.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Negociação do setor da Carne

          Após a primeira rodada de negociação com o Sindicato Patronal do Setor de Carnes e Derivados quando lamentavelmente mais uma vez o patronal esqueceu a pauta de reivindicações dos trabalhadores e propôs apenas a aplicação da inflação, a Federação dos Trabalhadores das Industrias de Alimentação do Estado de São Paulo e Sindicatos filiados recusaram tal proposta e marcaram uma nova reunião com o Sindicato Patronal do setor de Carne para o dia 27 de Abril.

                                          Bancada dos Trabalhadores



                                     
                                           Bancada Patronal

quarta-feira, 20 de abril de 2011

HISTÓRIA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DE CAMPINAS - SITAC
Fundado em 09/03/1933

Devido ao crescimento do polo industrial da região de Campinas no inicio do século XX, um grupo de trabalhadores viram a necessidade de um órgão para representar a região, e com isso, o Sindicato foi fundado em 09 de março de 1933, mas como na época o sindicalismo era repreendido em grande parte pelo Governo Federal, sua representatividade era limitada.
Em meados dos anos 60, com o golpe militar os sindicatos e sindicalistas de todas as classes foram reprimidos ao poder militar, mas no final desta década os trabalhadores se opuseram aos patrões e fizeram uma greve de “grande envergadura”, a partir dai surgiram novas organizações sindicais.
Com o surgimento das novas organizações, os trabalhadores rurais de São Paulo e do Nordeste do país, uniram-se nos anos 80, ao movimento sindical dando poderes aos sindicatos para representar a classe trabalhadora.
A partir deste momento não somente a região de Campinas, mas todo o Estado de São Paulo vem atuando firmemente pelos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campinas - SITAC, é um órgão, destinado a promover a defesa dos interesses de sua categoria profissional, com o objetivo de alcançar melhores condições de trabalho.
Sua representatividade é para com os trabalhadores nas indústrias de alimentação, onde sua base territorial se estende por Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itu, Jaguariúna, Monte Mor, Paulínia, Pedreira, Salto, Sumaré e Valinhos no Estado de São Paulo.
Por se tratar de cidades que fazem parte da Região Metropolitana de Campinas (RMC), representamos mais de 17.000 trabalhadores e trabalhadoras em diversas indústrias.
Os ramos são diversos, pois representamos trabalhadores nas indústrias de trigo, milho, soja, mandioca, arroz, aveia, açúcar, torrefação e moagem de café, refinação de sal, panificação e confeitaria, produtos de cacau e balas, mate, laticínios e produtos derivados, massas alimentícias e biscoitos, cerveja e bebidas em geral, vinho, águas minerais, azeite e óleos alimentícios, doces e conservas alimentícias, carnes e derivados, frio, fumo, imunização e tratamento de frutas, beneficiamento do café, alimentar de congelados, supercongelados, sorvetes, concentrados e liofilizados, rações balanceadas, café solúvel e da pesca.
Com diversas datas base diferente, o Sindicato passa praticamente o ano inteiro em negociações coletivas estaduais e muitas negociações individuais.
O Sindicato sempre está presente nas portas das empresas em assembléias, com informativo e muitas vezes em greves.
O Sindicato também está presente com apoio a outros Sindicatos, da mesma categoria ou categoria diferenciada.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campinas é um Sindicato de luta, atuante, transparente e com muitas conquistas para os trabalhadores que são a verdadeira essência para um sindicato ter êxito.
                                          Fachada da sede de Itú
                                          Fachada da sede de Jaguariuna
                                           Fachada da sede de Campinas






Autor: Sindicato (pesquisas e depoimentos)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Negociação do setor de bebidas do Estado de São Paulo

          Após várias rodadas de negociação com o setor patronal que representa as indústrias de bebidas do Estado de São Paulo, no dia 13 de abril, a Federação dos trabalhadores nas industrias de alimentação do Estado de São Paulo e Sindicatos filiados fechou acordo coletivo com validade de março 2011 a fevereiro 2012.
          Ficou acordado reajuste salarial de 7,40% até o limite de R$3.300,00, acima deste valor um fixo de R$244,20; Piso salarial de R$900,00; Auxilio material escolar de R$50,00; Auxilio creche de R$60,00; PLR de R$1.020,00 para as empresas que não possuem plano de metas; Adicional noturno até o fim da jornada e demais cláusulas do acordo anterior.
                                          Bancada dos Trabalhadores
                                          Bancada Patronal
          Como podemos ver, a Federação do Trabalhadores nas Industrias de Alimentação do Estado de São Paulo, que tem como presidente o Sr. MELQUIADES DE ARAUJO, e Sindicatos filiados não mediram esforços para conquistar aumento real para os trabalhadores nas indústrias de bebidas do Estado de São Paulo.